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Panorama do comércio internacional das Unidades da Federação, por município

A tabela a seguir mostra que, em 2017, cerca de 76% dos municípios do Estado do Rio de Janeiro exportaram e importaram, enquanto os do Tocantins apresentaram a menor participação, entre as Unidades da Federação analisadas, da ordem de 22%.

Minas Gerais, estado com o maior número de municípios (853), foi o que, também, apresentou a maior quantidade dos que apenas exportaram (97). São Paulo, por outro lado, teve o maior número de municípios que exportaram e importaram (317), no mesmo ano.

Participação de municípios no comércio internacional dos estados – 2017
(Em unidades)
UF Total de municípios (1) Somente exportaram (2) Somente importaram (3) Exportaram e importaram (4) (4)÷(1)%
PR 399 55 36 151 37,84
SP 645 63 56 317 49,15
MS 79 14 3 31 39,24
MT 141 42 1 42 29,79
TO 139 19 4 8 5,76
GO 246 20 17 49 19,92
MG 853 97 54 200 23,45
RJ 92 3 13 54 58,70

FONTES: (1) IBGE; (2), (3) e (4): Ministério da Economia. Antiga SECEX/MDIC. Dados elaborados pelo Programa Exporta, Brasil..

As tabelas-resumo das exportações e importações, em 2017, das Unidades da Federação, por município, estão apresentadas nas respectivas páginas.

Exportações e Importações das Unidades da Federação, por município – 2016 e 2017

As planilhas constantes das páginas de cada Unidade da Federação da 1ª. Fase do Programa mostram, em nível de seus municípios, as estatísticas de exportação e importação observadas em 2015, 2016 e 2017, período em que a taxa de câmbio (R$/US$) apresentou fortes oscilações, A queda na rentabilidade das exportações, com a apreciação do real, verificada em alguns meses, tem sido o grande desafio para o fortalecimento do “competidor global”. O câmbio que diminui a atratividade do mercado externo para o exportador, com o real valorizado, é o mesmo que a aumenta, sob a ótica do importador.

A propósito, cabe destacar a importância crescente das operações de Drawback na aquisição de insumos (matéria-prima, partes, peças, acessórios e outros) estrangeiros para a produção de bens destinados a mercados externos, com a suspensão ou isenção de tributos. Tal instrumento proporciona, além da redução de custos de produção, uma proteção (hedge) para a rentabilidade das exportações, na medida em que parte dos seus custos, referente aos itens importados, é, também, afetada pela taxa de câmbio. Esse mecanismo é tão mais efetivo quanto mais próximas ou coincidentes forem as datas de fechamento dos respectivos contratos de câmbio. Essas operações, possivelmente, explicam o comércio internacional de municípios com fluxos tanto de exportações como de importações.

As tabelas mencionadas, para aqueles períodos, apresentam um corte superior a 75% nos valores das exportações e importações observados em cada ano, destacando-se em azul os produtos e mercados (países) mais relevantes no intercâmbio comercial com o município objeto da análise. Ao olhar para o município vizinho, outra cidade do seu estado ou do limítrofe a este , os gestores de empresas poderão ter um panorama das exportações e importações de algumas regiões. No portal do Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços, o interessado encontra indicações para atualizar essas e outras estatísticas com os filtros que lhe forem convenientes.

Para as comerciais importadoras e exportadoras, essas informações são, também, úteis na formação de grupos de exportadores (e importadores) com interesses comuns, tanto para os que estão nas mesmas cadeias produtivas quanto para os que têm afinidades sob a ótica da distribuição dos seus produtos. Em algumas situações, empresas exportadoras buscam as comerciais com o objetivo de avaliar a viabilidade da entrada em outros canais de distribuição por estas explorados em países para os quais tais exportadores já vendem. Ou seja, procuram avaliar “o custo de acesso com a comercial exportadora” para compará-lo com o de entrada por seus próprios meios.

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