Competitividade

Competitividade

O fortalecimento da competitividade da empresa brasileira exportadora ou com potencial de exportação exige o foco permanente a três questões básicas:
  1. Preço do produto;
  2. Qualidade, no sentido, principalmente, da satisfação do cliente ou consumidor, e do atendimento a exigências técnicas; e
  3. Prazo de entrega, desde o fechamento do pedido até a plena disponibilidade do produto ao seu cliente (lead time).

A atenção a essas questões permeia o Programa EXPORTA BRASIL contribuindo para que a empresa brasileira torne-se “competidora global”, suficientemente robusta para ganhar e preservar mercados no exterior, onde concorre com fornecedores locais e estrangeiros, e capaz de suplantar a concorrência de produtos importados em nosso País.

As oficinas técnicas de capacitação, por área de gestão, indicadas em Faça o Seu Projeto e alinhadas com tais questões, têm como objetivos fundamentais:

  1. a redução contínua dos custos de produção, comercialização e logística, por meio de ganhos de produtividade, para que se formem preços competitivos na prateleira do cliente;
  2. a agregação contínua de valor ao produto exportado, conferindo-lhe não apenas mais qualidade, mas também outras características, como serviços de pós-venda, e criando, assim, condições para um adicional de preço, na medida em que tal agregação seja percebida pelo cliente;
  3. a redução contínua de tempos de atendimento a pedidos, envolvendo o seu processamento, a produção e a distribuição física do bem a ser exportado, cabendo ressaltar o impacto dessa condição no nível de estoques do cliente e, por conseguinte, nos seus próprios custos logísticos.

O EXPORTA BRASIL promove a análise e discussão de temas em áreas com potencial de ganhos de competitividade sob a perspectiva de seus gestores, em nível essencialmente privado ou microeconômico. Independentemente do êxito que se alcance com tais ações, é fundamental que os executivos e profissionais que os assistem estejam, também, atentos ao processo de modernização e aperfeiçoamento do comércio exterior brasileiro para torná-lo mais competitivo, conduzido por órgãos governamentais, sobretudo na esfera federal.

Nesse sentido, merecem destaque as negociações de acordos comerciais do País e Mercosul com blocos econômicos e outros países isoladamente, compreendendo, basicamente, as condições de acesso a mercados, regras de origem e preferências tarifárias para determinados produtos. A entrada em plena operação do Portal Único de Comércio Exterior e a ampla habilitação de Operadores Econômicos Autorizados (OEAs), certamente, deverão, também, proporcionar ganhos de competitividade do produto brasileiro em mercados externos. Trata-se de ações desenvolvidas por órgãos federais, em especial o Ministério das Relações Exteriores, o Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços e a Secretaria da Receita Federal, em estreita articulação com entidades empresariais.

Ganhos de Competitividade – Melhoria Contínua

A busca por ganhos contínuos de competitividade de produtos “made in Brazil” em mercados externos, promovida pelo EXPORTA BRASIL, é tratada nas oito áreas de gestão descritas em Faça o Seu Projeto, quais sejam:

  1. unidade produtiva;
  2. comércio exterior;
  3. logística;
  4. financeira e garantias;
  5. riscos;
  6. automação e tecnologia da informação;
  7. tributária e contábil;
  8. inovação e sustentabilidade.

A descrição das Oficinas Técnicas de Capacitação, na forma de Workshops, por Área de Gestão, está acompanhada do potencial esperado de

  1. Agregação de Valor (AV);
  2. Redução de Custos (RC) e
  3. Redução de Tempo de Atendimento a Pedidos (RT)

com o atingimento do objetivo de cada uma. A magnitude de cada benefício é variável entre as empresas-alvo do Programa, devendo, portanto, ser avaliada pelos gestores.

Estes deverão levar em conta o potencial de ganhos de competitividade num determinado momento considerando os somatórios de AVs, RCs e RTs para o conjunto das Àreas, com a mitigação de riscos a elas inerentes. A tabela a seguir mostra o resumo de resultados esperados de ganhos de competitividade das Oficinas Técnicas de Capacitação (Workshops), por Área de Gestão, com a identificação alfanumérica indicada em Faça o Seu Projeto.

Resultados esperados de ganhos de competitividade das oficinas técnicas de capacitação (workshops), por área de gestão
Área de Gestão Agregação de Valor (AV) Redução de Custos (RC) Redução de Tempo de Atendimento a Pedidos (RT)
A. Unidade Produtiva a.1, a,2, a.4, a.8 a.1, a.2, a.3, a.4, a.5, a.7, a.8 a.4, a.5, a.8
B. Comércio Exterior b.4, b.5, b.6, b.11, b.12, b.13, b.14 b.1, b.2, b.3,b.4, b.5, b.6, b.7, b.8, b.9, b.10, b.12, b.13, b.14, b.15, b.16 b.4, b.8, b.9, b.10, b.12, b.13, b.14, b.16
C. Logística c.2, c.3, c.4, c.5 c.1, c.2, c.3, c.4, c.5 c.3, c.4, c.5
D. Financeira e Garantias d.1 d.1, d.2 d.2
E. Riscos e.1, e.2 e.1, e.2, e.3 e.1
F. Automação & Tecnologia da Informação f.1 f.1 f.1
G. Tributária & Contábil g.2 g.1, g.2 g.2
H. Inovação e Sustentabilidade h.1, h.2 h.1, h.2 h.1, h.2

Em face da dinâmica das importações de mercados-alvo das exportações brasileiras, que passam por transformações e ajustes associados a barreiras tarifárias impostas por importantes atores do comércio internacional, e das condições políticas e econômicas, incluídas as de natureza regulatória, do nosso País, é fundamental que se tenham a visão e o acompanhamento integrados da gestão das diversas áreas para a consecução dos tão almejados ganhos de competitividade, reavaliando, permanentemente, os resultados de AVs, RCs e RTs, na perspectiva de melhoria contínua ilustrada a seguir.

Gráfico

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